Maternidade, trabalho e outras coisas: Dá pra fazer tudo?

Olá gente, vamos falar um pouco sobre maternidade e escolhas?

Mês passado resolvi me dar de presente um livro, apesar de ser uma péssima leitora e quase ter quase certeza que o livro ficaria atirado em um canto hahaha. Porém dessa vez fiquei surpresa com o resultado de estar lendo este livro.

O livro em questão é O ano em que disse sim, da maravilhosa deusa suprema Shonda . Pra quem não conhece – algo que eu acho impossível rs – ela é a criadora das séries Grey’s Anatomy, Scandal e How to Get Away with Murder, e além disso ela é mãe de três meninas.

No livro ela fala sobre diversos assuntos da sua vida maternidade, trabalho, e como mudar hábitos ajudou ela a mudar se tornar uma pessoa melhor – não vou dar muitos spoilers, pois quero fazer uma resenha completa sobre o livro aqui no blog – mas trouxe algo bem interessante sobre uma parte do livro dela.

Em um trecho do seu livro ela fala sobre as grandiosas perguntas que recebe nas entrevistas e no seu dia a dia.

“- Shonda como você consegue conciliar tudo tão perfeitamente?  Qual o seu segredo?

– A resposta é: não faço!

Sempre que me verem em algum lugar, fazendo sucesso em área da vida, isso significa quase certamente que estou falhando em outra área da vida. Se estou arrasando no trabalho com um roteiro de Scandal, provavelmente estou perdendo a hora do banho e da história em casa. […]

Qualquer um que diga que essa fazendo tudo perfeitamente é um mentiroso.”

Quando pesquisamos na internet sobre empreendedorismo materno, sobre mulheres de negócios que são mães e bem sucedidas na carreira, sempre fica um ar de que elas têm um segredo incrível que as permite dar conta de tudo e jamais deixar a desejar em alguma área da vida. Como se fosse algo vergonhoso elas falarem que têm ajuda ou que não fazem tudo perfeitamente.

Você já ouviu algum homem se desculpar por ser bem sucedido na carreira e não ser um pai ou esposo presente? NÃO!

Então não peça desculpas, e muito menos se envergonhem das suas escolhas.

Precisamos acabar com a ideia de que as mulheres têm a obrigação de carregar o mundo nas costas e serem perfeitas em tudo, principalmente quando as mulheres  se tornam mães.

Existe um longo processo entre ser uma mulher e se tornar uma mulher mãe.

Já dizia Shonda:

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Ninguém é menos mãe por que se dedica mais ao trabalho, e ninguém é menos mulher por optar não trabalhar para cuidar dos filhos. E muito menos, é vergonhoso assumir que recebe ajuda.

A maternidade não é uma lista de regras a serem seguidas.

A maternidade é a união de quem você ama ser, com o se tornar mãe.

Eu sempre gostei de trabalhar, de me dedicar ao meu trabalho e buscar me especializar cada vez mais. Quando fiquei grávida no primeiro semestre da faculdade, eu optei por seguir meu curso, e quando a Yasmim completou 7 meses busquei um estágio. Isso talvez tenha me feito uma mãe mais ausente… Mas com certeza me fez uma mãe feliz e ser uma mãe feliz resultou em ter uma filha feliz.

Se desprenda dos julgamentos, toda essa romantização da maternidade tem que ser quebrada – ou melhor, destruída – por que maternidade nunca foi significado de anulação e de submissão. Muito além de amor, envolve muitas outras questões que, finalmente, estão começando a serem mais discutidas.

Trouxe este trecho do livro para o blog antes de terminar de ler, porque a discussão sobre a romantização é urgente. Precisamos parar de nos culpar e de nos sentirmos envergonhadas por não conseguirmos carregar o mundo nas costas.

Nós não conseguimos carregar o mundo nas costas, e nem temos!

Faça o que você ama, não se cobre. E caso você precise de ajuda ou tenha ajuda, não tenha vergonha de dizer, porque suas escolhas não estão em questionamento.

Até a próxima!

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